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Críticas de filmes – Marcelo Reis para o site Divertidosos

Por 18 de outubro de 2015 2 Comentários

Nosso Divertinauta e crítico de filmes – Marcelo Reis – publica abaixo suas opiniões sobre filmes em cartaz – DIVIRTA-SE!!! #divertidosos

14/10/2015
A Travessia [The Walk, 2015] Dir: Robert Zemeckis Com: Joseph Gordon-Levitt, Charlotte Le Bon e Ben Kingsley

Por Marcelo Reis – Cotação: 5 estrelas *****

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A história do equilibrista francês Philippe Petit está de volta às telas.
Depois de ser contada, através do documentário vencedor do Oscar em 2009 (“O Equilibrista”/ Man on Wire, dirigido por James Marsh, que depois faria “A Teoria de Tudo”), volta às telas pelas mãos do cineasta Robert Zemeckis (trilogia “De Volta para o Futuro”, “O Náufrago”), rodando o filme todo em 3D, com a mais alta tecnologia para mostrar o homem que “andou nas nuvens” e fez do impossível, algo inesquecível
O talentoso Joseph Gordon-Levitt (“A Origem”) interpreta Petit, famoso por atravessar as Torres Gêmeas usando apenas um cabo em 7 de agosto de 1974. A façanha acabou ganhando destaque no mundo inteiro.
O filme começa com Petit narrando sua trajetória até o evento, que inicia como malabarista e acrobata nas ruas de Paris, onde conhece a artista de rua, Annie (a adorável, Charlotte Le Bon).
Ao se deparar com uma reportagem sobre a construção do World Trade Center (em meados de 1974), encontra um propósito em sua vida: estender um cabo de uma torre a outra e atravessá-lo, sem proteção ou truques. Para isso – além de um mentor (vivido por sir Ben Kingsley), que conhece no circo –, convoca um grupo de pessoas (incluindo Annie) a quem chama de “seus cúmplices” para colocar o plano em prática. A história, nesse momento, ganha ares de filme de assalto a bancos, pois sua equipe parece uma quadrilha, tamanho o cuidado, preparo e a invasão que vão fazendo ao local.
A travessia do título é, sem dúvida, notável. Faz o espectador se sentir na corda com Petit, provocando ao mesmo tempo, encantamento pela beleza e medo de uma possível queda.
Se o equilibrista francês conseguiu realizar o impossível (e ilegal, como ele mesmo reconhece) e torná-lo mágico, Zemeckis consegue, através de seu conhecimento em tecnologia proporcionada à sétima arte (como já havia mostrado em filmes como “Forrest Gump”, “Expresso Polar”, entre outros) um longa que beira à perfeição. Exatamente como seu artista retratado.
Com “A Travessia”, o cineasta norte-americano consegue fazer jus não só ao notório equilibrista, mas também presta uma bela homenagem à Nova York de outrora e às torres gêmeas, trazendo à memória, imagens mais reconfortantes (quase como um sonho), fazendo-nos esquecer, por alguns instantes que, quase 30 anos depois, elas não existiriam mais.
Embarque nessa travessia com Philippe Petit e veja o mundo, lá do alto, através de seus olhos




13/10/2015
Peter Pan [Pan, 2015] Dir: Joe Wright Com: Levi Miller, Hugh Jackman, Garrett Hedlund, Rooney Mara, Amanda Seyfried e Cara Delevingne.

Por Marcelo Reis – cotação 3 estrelas ***

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“Todas as crianças crescem, exceto uma”. Assim começava o clássico de J.M. Barrie, “Peter Pan” (na verdade, baseado no romance, “Peter e Wendy”, depois mais conhecido, simplesmente, como Peter Pan), sobre um menino que vivia num lugar muito distante, chamado Terra do Nunca (um lugar encantado, repleto de fadas) e junto com os “meninos perdidos” (grupo que liderava), enfrentava piratas, cujo líder era o capitão Gancho.
“Peter Pan” [Pan, 2015], a nova super produção da Warner (que custou U$$ 150 milhões) narra a história anterior ao que já se conhece, onde Peter é um menino largado num orfanato pela mãe, maltratado por uma madre (chegando ao ponto de lembrar, de início, mais “Oliver Twist”, de Charles Dickens do que o clássico de Barrie) e que vai parar num lugar encantado, a Terra do Nunca, onde fica amigo de James Gancho (Garrett Hedlund, de “Na Estrada”/On the Road, dirigido por Walter Salles) e da princesa Tigrinha (Rooney Mara da versão americana de “Millenium”) e precisa combater o Capitão Barba Negra (Hugh Jackman, numa caracterização estranha, mas onde o astro se sai bem) que pretende invadir o reino das fadas.
Quem comanda essa nova releitura do clássico de J. M. Barrie (que já teve uma cinebio levada às telas, “Em Busca da Terra do Nunca”, estrelado por Johnny Depp) é o talentoso Joe Wright (dos clássicos “Desejo e Reparação” e “Anna Karenina”) que tem à disposição o que há de melhor em termos de efeitos visuais e um orçamento super generoso (como descrito acima) para colocar a ideia na tela, mas se o filme é visualmente deslumbrante, o mesmo não se pode dizer do roteiro, que traz alguns furos (ou seria “liberdade artística”?) para contar sua história. Quem conhece a história original vai percebê-los.
Essa nova versão de “Peter Pan” acaba sendo para quem nunca viu as versões anteriores (além do clássico desenho da Disney de 1953, aprecio muito a versão live-action de 2003) ou leu o clássico de J. M. Barrie.
De qualquer forma, embarque para Terra do Nunca com Peter Pan e sua turma e, se puder, leia o livro também, que não irá se decepcionar. Na verdade, a viagem será ainda mais prazerosa.
Curiosidades sobre a obra e o personagem: quando o autor montou “Peter Pan” para o teatro, ele usou atores renomados da época interpretando personagens muito diferentes aos que estavam acostumados, como, por exemplo, animais (o cão-babá da família de Wendy) e Peter Pan, na verdade, era interpretado por uma mulher. No palco, ainda se monta Peter Pan com atrizes encarnando o menino que não queria crescer (como, por exemplo, a atriz Allison Williams – da série “Girls”, da HBO – que fez o musical “Peter Pan Live!”, transmitido pela NBC ano passado), mas nas telas é sempre interpretado por um menino.



 

10/10/2015
Perdido em Marte [The Martian, EUA, 2015]
Dir: Ridley Scott. Com: matt Damon, Jessica Chatain, Jeff Daniels, Chiwetel Ejiofor, Kate Mara, Sean Bean, Kirsten Wiig e Sebastian Stan.

Por Marcelo Reis – cotação 4 estrelas ****

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“Perdido em Marte” tem uma premissa bem básica: um grupo de astronautas, durante uma missão de rotina a Marte, acaba passando por apuros durante uma tempestade e um de seus tripulantes, Mark Watney (Matt Damon) é dado como morto, apesar dos esforços de sua comandante, Melissa Lewis (Jessica Chastain) em encontrá-lo.
O filme mostra os esforços que Watney fará para sobreviver (usando seus conhecimentos científicos e de botânica) em condições tão adversas e como fará para contatar a NASA.
Esse é, sem dúvida, o melhor longa de Ridley Scott desde “Falcão Negro em Perigo (2001). Depois de ficções científicas clássicas, mas com um olhar sério e pessimista sobre a humanidade (“Alien – O 8º Passageiro”, “Blade Runner – O Caçador de Androides”), aqui demonstra o mesmo talento de outrora (além dos clássicos já citados fez os ótimos “Os Duelistas”, “Thelma & Louise”, “Tormenta”, “Gladiador” e tantos outros), mas num tom mais leve (com direito a piadinhas e tudo, já que o protagonista vai fazendo vídeos de comunicação com a NASA).
O filme mostra como a NASA lhe dá com o fato de, primeiro dar o astronauta como morto para, algum tempo depois, descobrir sobre sua sobrevivência e tentar uma arriscada missão de resgate.
“Perdido em Marte”, além da excelente parte técnica (direção de arte, efeitos sonoros e visuais) e trilha sonora (com direito a “Starman”, de David Bowie), tem um elenco de peso que, além de Damon (num tour de force de interpretação) e Chastain, conta com nomes, como: Kristen Wiig (“Missão Madrinha de Casamento”), Jeff Daniels (dos clássicos “Laços de Ternura” e “a Rosa Púrpura do Cairo” e da série “The Newsroom”), Michael Peña (“Corações de Ferro”), Sean Bean (da trilogia “O Senhor dos Anéis”), Kate Mara (da série “House of Cards”), Sebastian Stan (“Capitão América: O Soldado Invernal”) e Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”) e uma rápida aparição (daquelas, “piscou, perdeu”) de Sean Penn.
Para quem quer assistir a uma aventura espacial para lá de caprichada, com direito a um herói carismático, inteligente e persistente – que faz piadas que vão de Neil Armstrong a heróis da Marvel –, “Perdido em Marte” é a pedida perfeita.

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