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Deficiência de vitamina D pode aumentar risco de incapacidade funcional em pessoas com mais de 50 anos

Por 19 de agosto de 2021 Sem Comentários

 

Senior woman standing alone at home

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Deficiência de vitamina D pode aumentar risco de incapacidade funcional em pessoas com mais de 50 anos

Especialista explica como a falta dessa vitamina pode comprometer a qualidade de vida de pessoas maduras

Diversas pesquisas já apontaram a importância da vitamina D para a absorção de cálcio pelo organismo, porém um novo estudo, desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos, (UFSCar)¹ comprovou, pela primeira vez, que a falta da vitamina pode ser aumentar o risco de incapacidade funcional para pessoas com mais de 50 anos.

Conforme o corpo vai envelhecendo, algumas dificuldades de movimentação tendem a surgir, principalmente em pessoas sedentárias. Porém, quando essa dificuldade passa a atrapalhar tarefas cotidianas, como comer, se vestir, tomar banho, ir ao banheiro, levantar-se e andar, é caracterizada como incapacidade funcional.

O estudo foi realizado com mais de 4.800 participantes que, a princípio, não relataram dificuldade para realizar tarefas cotidianas e foram classificados de acordo com os níveis de vitamina D no sangue, sendo suficiente, (>50nmol/L), insuficiente (>30 a =50 nmol/L) ou deficiente (=30 nmol/L). O grupo foi acompanhado durante quatro anos e, após esse período, foram reavaliados para verificar se eles desenvolveram dificuldade para realizar tarefas.

Ao final dos quatro anos de acompanhamento, a pesquisa indicou que homens com deficiência de vitamina D tiveram risco 44% maior de desenvolver incapacidade, quando comparados aos que tinham níveis suficientes da vitamina. Já as mulheres tiveram um risco 53% maior de desenvolverem incapacidade, quando comparadas às que tinham níveis suficientes.

“Apesar do risco ser numericamente maior nas mulheres, a diferença estatística é muito pequena para afirmar que exista diferença entre os sexos, portanto, manter os níveis adequados de vitamina D no organismo é importante para todos”, explica Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e médico especialista em Nutrologia, Endocrinologia e Clínica Médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

O especialista afirma que, ao envelhecer, os níveis de vitamina D tendem a diminuir e, por ser fundamental para a manutenção da saúde dos ossos e músculos, a sua falta pode comprometer a funcionalidade dos maduros.


Como repor a vitamina D?

A obtenção da vitamina D pelo organismo se dá de algumas formas. A maior parte é proveniente da exposição solar, mas, para isso, é necessário se expor por, no mínimo, 15 minutos diários, de preferência entre 10h e 14h, momento de maior presença dos raios UV, responsáveis por ativar o metabolismo de formação dessa vitamina a partir da pele. A exposição deve ocorrer com pelo menos os braços e pernas descobertos, sem o uso de protetores solares, que atrapalham a absorção da vitamina D.

Alimentos como peixes gordurosos, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos secos. Leite, ovos e fígado bovino também têm a vitamina, mas em menor quantidade, sendo necessária a ingestão em grande quantidade para atingir o nível diário esperado de 2.000 U.I.

Além disso, esse pró-hormônio pode ser reposto por meio da suplementação. “Os suplementos de vitamina D são indicados para aqueles casos em que a exposição solar e a alimentação não fornecem a quantidade adequada de vitamina D, principalmente, em pessoas maduras. Mas, não se restringe a elas. Gestantes, pessoas com a pele negra e aquelas com a rotina atribulada, que não conseguem se expor adequadamente ao sol, também podem optar pela suplementação para garantir a quantidade adequada de vitamina D no organismo”, explica Dr. Ribas Filho.


Referência consultadas:

¹ – Association of Serum 25-Hydroxyvitamin D Deficiency with Risk of Incidence of Disability in Basic Activities of Daily Living in Adults >50 Years of Age (Associação de deficiência de Vitamina D com incapacidade nas atividades básicas da vida diária – ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia)

 

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