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Nara Leão por Professora Anna Glória

Por 25 de outubro de 2015 Sem Comentários

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Universidade Aberta para a Terceira Idade – A música no contexto social

Profa. Anna Glória Nogueira Santos – Nara Leão

nara foto

Nara Leão nasceu em Vitória, no Espírito Santo, em 19 de janeiro de 1942. Capixaba de nascimento, carioca de coração. Tinha um ano quando os seus pais se mudaram para o Rio de Janeiro. Moravam na Avenida Nossa Senhora de Copacabana antes de se transferirem para o número 303 do Edifício Louvre, um dos três que compunham o conjunto Champs Elysées, na Avenida Atlântica.
Esse segundo apartamento passou pela história como o berço da Bossa Nova. Esta afirmação foi rebatida por Nara, pois ela se negava a ser a musa deste movimento musical. A idealização da Bossa Nova não foi feita por jovens amadores no apartamento de uma adolescente, mas por profissionais que, pelo menos dez anos antes, a partir do pós-guerra, já contribuíam para a modernização da música brasileira. Na verdade, antes de ser música de apartamento, a Bossa Nova já era produzida nas novas casas noturnas do Leme e de Copacabana, terreno ideal para a música intimista Uma feliz conjunção de fatores agrupou aqueles pioneiros e fez com que, em 1958, quando João Gilberto gravou “Chega de Saudade” este estilo se tornasse realidade.
Os pais de Nara, eram o advogado Jairo Leão e Dona Tinoca. Eram muito liberais na criação de suas duas filhas. Danuza Leão, nove anos mais velha do que Nara, saiu de casa antes dos 18 anos, indo morar em Paris, trabalhando como manequim de Jacques Fath. Aos 20 anos, voltou ao Brasil e se casou com Samuel Wainer, jornalista famoso no Rio. Nara fazia o que queria e decidiu aprender violão, fato fora de comum para as meninas dessa época. Tinha 12 anos, e assim sua casa começou a ser um lugar de encontro para os jovens músicos que queriam mostrar suas composições e suas habilidades com o instrumento. Namorada de Roberto Menescal, noiva de Ronaldo Bôscoli, casou-se com Cacá Diegues, em 1967.
Após o golpe militar de 31 de março de 1964, Nara se distanciou da Bossa nova e se aproximou do samba de raiz, cantando músicas de Zé Kéti e João do Vale, no show “Opinião”. Durante a apresentação desse show perdeu a voz e foi substituída pela cantora Maria Bethânia, contribuído para o seu lançamento. Em 1966, vence o I Festival Internacional da Canção, na TV Record, ao defender “A Banda”, com Chico Buarque de Hollanda. Ambos apresentaram por seis meses o programa “Pra Ver a Banda Passar”, na TV Record.
Detestava o Exército e após o seu casamento com Cacá Diegues, decidiu morar em Paris, durante o AI 5. Em 1970, nasce Isabel e em 1971, decide fazer as pazes com a Bossa Nova e Gravar o CD “Nara, Dez Anos Depois”, com sucessos do movimento. Em 1972, nasce Francisco, seu segundo filho. Em 1977, termina o seu casamento e ela retoma a sua carreira artística. Entre 1979 e 1989, teve que conviver com um sério problema de saúde, morrendo em decorrência deste, no Rio de Janeiro, no dia 7 de Junho de 1989.


Cante jjunto com o vídeo, abaixo as letras e os vídeos!!! DIVIRTA-SE!!!

A Banda

Estava à toa na vida/ o meu amor me chamou/ pra ver a banda passar/ cantando coisas de amor/
A minha gente sofrida/ despediu-se da dor/ pra ver a banda passar/ cantando coisas de amor/
O homem sério, que contava dinheiro, parou/ o faroleiro, que contava vantagem, parou/ a namorada, que contava estrelas, parou/ pra ver, ouvir e dar passagem/
A moça triste, que vivia calada, sorriu/ a rosa triste, que vivia fechada, se abriu/ e a meninada toda se assanhou/ pra ver a banda passar/ cantando coisas de amor/
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou/ que ainda era moço pra sair no terraço e dançou/ a moça feia debruçou na janela/ pensando que a banda tocava pra ela/
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu/ a lua cheia que vivia escondida, surgiu/ minha cidade toda se enfeitou/ pra ver a banda passar/ cantando coisas de amor/
Mas, para o meu desencanto/ o que era doce acabou/ tudo tomou o seu lugar/ depois que a banda passou/
E cada qual no seu canto/ em cada canto uma dor/ depois da banda passar/ cantando coisas de amor.

Nara Leão (A Banda) – fonte: www.youtube.com

Lobo Bobo

Era uma vez um lobo mau, que resolveu jantar alguém/ estava sem vintém mas arriscou e logo se estrepou/ um Chapeuzinho de maiô, ouviu buzina e não parou/ mas lobo mau insiste e faz cara de triste/ mas Chapeuzinho ouviu, os conselhos da vovó/ dizer que não pra lobo que com lobo não sai só/
Lobo canta, pede, promete tudo até amor/ e diz que fraco de lobo é ver um chapeuzinho de maiô/
Mas chapeuzinho percebeu/ que lobo mau se derreteu/ pra ver que vocês que lobo/ também, faz papel de bobo/
Só posso lhe dizer/ chapeuzinho agora traz/ um lobo na coleira que não janta nunca mais.


 

Wilson Simonal – Lobo Bobo – fonte: www.youtube.com


Opinião
Podem me prender/ podem me bater/ podem até deixar-me sem comer// que eu não mudo de opinião/ daqui do morro eu não saiu não/ se não tem água eu furo um poço/ se não tem carne eu compro um osso/ e ponho na sopa e deixo andar/ deixo andar/ fale de mim quem quiser falar/ aqui eu não pago aluguel/ se eu morrer amanhã, seu doutor/ estou pertinho do céu/ podem me prender…..

Opinião nara leão – fonte: www.youtube.com

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