Falar de Suicídio NÃO É TABU. Precisamos conversar a respeito, principalmente com pessoas idosas, se notarmos qualquer sinal de depressão, às vezes apenas um pouco de atenção pode ser determinante na vida de uma pessoa. Estou complementando o post que já fiz no site com esse videoclipe e texto que foi enviado para nossa publicação. Vamos dar vozes ao silêncio, vamos ouvir, vamos falar, vamos ajudar a diminuir essas estatísticas assustadoras de mortes de idosos, principalmente, em nossa região. #nãodeixeosilênciotomarcontadasuavida #falarpodemudartudo #ouvirpodemudartudo #cvv #falardesuicidio
Campanha cria site e perfis em redes socias com conteúdo educativo sobre prevenção do suicídio
Iniciativa é do CVV com o apoio da Libbs e tem como objetivo incentivar o diálogo em torno do assunto
O silêncio, o preconceito e o tabu são comuns quando o assunto é suicídio e podem se transformar em gatilhos para pessoas que estão sofrendo. Por isso, a campanha “Suicídio: Falar pode mudar tudo”, iniciativa de conscientização realizada pelo CVV com o apoio da Libbs, criou um site (https://falardesuicidio.com.br/) e perfis informativos nas redes sociais – @falardesuicidio no Instagram, Twitter e Youtube –, abastecidos com conteúdo educativo sobre o assunto, com o objetivo de ajudar a derrubar mitos em torno do suicídio, além de incentivar as pessoas a falarem a respeito para prevenir.
Dentre as mensagens do perfil o Instagram, por exemplo, estão “Não deixe o silêncio tomar conta da sua vida”, “Suicídio não se julga, suicídio se previne”, “Falar pode mudar tudo, ouvir pode mudar tudo”, entre outras. A campanha também tem um manifesto (abaixo) e no site o público encontra informações e dados sobre suicídio no Brasil e no mundo, além de ficar por dentro do que pode ser feiro para ajudar na prevenção e de como combater mitos em torno da questão.
O mote central da campanha, é incentivar o diálogo sobre o suicídio já que, de acordo com a experiência de quase seis décadas do CVV, quando as pessoas conversam sobre suas tristezas e pensamentos suicidas sem se sentirem julgadas, têm mais facilidade para encontrar novas alternativas e seguir em frente. “Tentar reduzir o estigma relacionado ao assunto e incentivar o diálogo por meio de empatia e acolhimento é, de alguma forma, capacitar e estimular a própria população a fazer dentro de seu meio, o que os voluntários do CVV fazem nacionalmente”, explica Carlos Correia, voluntário e porta-voz do CVV. “A principal diferença é que no nosso caso há ainda o anonimato por parte de quem nos procura, o que deixa algumas pessoas mais à vontade para uma conversa aberta”, complementa.
Assistam ao vídeo
Vozes Do Silêncio – Carlinhos Brown (Falar Pode Mudar Tudo)
Sobre suicídio
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em todo o mundo, a cada 40 segundos alguém se suicida. E, a cada três segundos, uma pessoa tenta se matar. O Brasil é o oitavo país do mundo em número de casos com 12 mil por ano, o que representa uma morte a cada 45 minutos. São diferentes os motivos que levam um indivíduo a tomar a decisão de acabar com a própria vida. Entretanto, 97% das pessoas possuem algum tipo de doença mental que poderia ser tratada.
“Os maiores riscos para suicídio são indivíduos que tentaram anteriormente e que têm algum tipo de transtorno mental (depressão, transtorno bipolar do humor, uso e dependência de álcool e drogas, esquizofrenia). Na mesma linha, pessoas que passam por experiências de bullying, assédios de toda espécie e burnout (estresse no trabalho), têm mais chance de tentar o suicídio. Independente da causa, falar pode mudar tudo”, explica o psiquiatra Dr. José Paulo Fiks.
Doenças clínicas com tendência à cronicidade também têm se mostrado como campo de risco, como os portadores de HIV/AIDS, câncer e doenças degenerativas. Condições sociais também podem predispor ao suicídio, como, por exemplo, isolamento social, desemprego, empobrecimento e dívidas.
MANIFESTO
Suicídio pode ser um comportamento?
Uma doença, talvez?
Ou, um ato de desespero?
Não existe uma definição exata,
suicídio não se taxa.
Afeta pessoas de diferentes etnias,
credos e classes sociais.
Um furação silencioso,
um redemoinho mental,
uma tormenta diária
que consome aos poucos
muitos brasileiros.
Envolto a mitos, cresce.
Consome e domina
filhos, filhas, pais e mães.
Famílias.
Que, no denso silêncio,
só encontram a dor.
E no silêncio não existe solução.
Não existe esperança.
Só mais silêncio…
Por isso, resolvemos falar
que nós precisamos acabar com o silêncio.
Pois falar de suicídio não é tabu.
Falar é importante. Ouvir também
Confira abaixo algumas dicas que podem servir de apoio para quem quer ajudar pessoas que estão passando por uma situação difícil.
Como ser um bom ouvinte?
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Crie um ambiente confortável e seguro para iniciar a conversa;
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Mantenha o olhar na pessoa (esqueça o celular por alguns minutos);
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Tenha empatia – tente compreender a dor dessa pessoa;
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Não interfira nas pausas e nem complete frases;
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Não dê opiniões pessoais com exemplos da própria experiência;
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Não faça comparações do problema dessa pessoa com a de outras;
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Não simplifique a situação com frases como “isso passa” ou “você supera”;
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Não responda a possíveis agressões;
O que dizer para quem precisa de ajuda?
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Pergunte se a pessoa está pensando em suicídio;
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Em caso de resposta positiva, pergunte o conteúdo deste pensamento;
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Diga que tem tempo para escutá-la (“sou todos ouvidos para você neste momento”);
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Ofereça auxílio para buscar ajuda médica profissional (muitas vezes é necessário ajudar a pessoa a chegar ao médico);
Dados de suicídio no Brasil – veja nosso post a respeito:
Tabu em torno de suicídio é tema de campanha educativa que conscientiza para prevenção